sexta-feira, setembro 29, 2023
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Ryan Keberle Lança  Álbum “CONSIDERANDO”, uma homenagem à lenda brasileira Edu Lobo 

Ryan Keberle Lança  Álbum “CONSIDERANDO”, uma homenagem à lenda brasileira Edu Lobo

Um mergulho profundo no cancioneiro da lenda brasileira EDU LOBO

Lançado em 14 de julho de 2023, pela Alternate Side Records

O que começou como um tórrido caso de amor de Ryan Keberle com a música brasileira se transformou em algo muito mais profundo e duradouro. Considerando, o segundo disco do trombonista com o Collective do Brasil, de São Paulo, confirma que esta é uma relação singular construída para durar. Com lançamento previsto para 14 de julho de 2023, é um mergulho profundo no cancioneiro de Edu Lobo, o amado e influente compositor, guitarrista e vocalista brasileiro que faz a ponte entre a era da bossa nova e o florescimento da MPB (música popular brasileira) nos anos 1970.

“Adoro aquele período do início e meados dos anos 70, quando houve essa explosão das composições mais criativas. Muitos dos compositores brasileiros foram capazes de fazer suas coisas, e Edu estava no centro disso”, diz Keberle, que mora em Nova York. “Edu estava lá no início dos anos 60 com o Quarteto Novo, os primeiros artistas que juntaram, jazz, folk brasileiro e pop, e simplesmente abriram o mundo para os compositores brasileiros.”

Considerando segue os passos do aclamado lançamento de estreia de 2022 do Collectiv do Brasil, Sonhos da Esquina, uma celebração arrebatadora de Milton Nascimento, Toninho Horta e do coletivo mineiro Clube da Esquina. O projeto conta com os integrantes originais, o baterista Paulinho Vicente e o pianista Felipe Silveira (que também contribui com três arranjos), com o baixista Felipe Brisola substituindo o baixista original Thiago Alves, que havia se matriculado em um prestigiado programa de jazz suíço.

“Esse trio se apresentou junto durante toda a vida adulta, tocando três ou quatro noites por semana por mais de uma década, criando essa linguagem compartilhada que simplesmente não temos a oportunidade de fazer aqui”, diz Keberle. “Thiago estava na Europa quando fizemos a turnê e gravamos esse novo material e eles o substituíram por Felipe. Claro, eu confio neles completamente.”

A confiança e o compromisso em criar um mundo musical repleto de improvisação em torno das composições engenhosas de Lobo são evidentes ao longo das 10 faixas do álbum, que incluem arranjos originais de sete canções de Lobo. Baseando-se fortemente em seu clássico álbum de 1971, Sergio Mendes Presents Lobo, o álbum abre com a crepitante “Zanzibar”, um arranjo que exemplifica a conversa do jazz brasileiro no coração da colaboração do Collective do Brasil.

Lobo, que completa 80 anos no dia 29 de agosto, teve a chance de conferir a gravação. “Só posso dizer que adorei o resultado”, entusiasma-se. “Estou impressionado com a capacidade de Ryan em absorver nosso sotaque brasileiro em seus solos e improvisações, e com o talento do trio que o acompanha com tanta precisão e musicalidade.”

Na faixa-título, uma sensual balada de Lobo, o quarteto entrega uma declaração simples sem improvisação com Keberle acariciando a melodia com toda a rue noturna de Frank Sinatra. Ele abraça outra linda balada de Lobo, “Toada”, (escrita com o falecido compositor mineiro Cacaso) com um tom tão ágil e polido que pode surpreender até os ouvintes mais atentos de suas gravações anteriores. O elegante arranjo de Silveira para uma das músicas mais conhecidas de Lobo, “Pra Dizer Adeus,”– introduzida em 1966 por Elis Regina e gravada de forma memorável em 1979 por Sarah Vaughan como “To Say Goodbye”– oferece outra oportunidade para Keberle se apoiar em sua perfeita frase legato.

Ryan Keberle’s Collectiv do Brasil (L to R: Felipe Brisola, Ryan Keberle, Felipe Silveira, Paulinho Vicente)
© Thadeus Lenza

Ryan Keberle Lança  Álbum “CONSIDERANDO”, uma homenagem à lenda brasileira Edu Lobo 

“Não é algo que eu consegui perceber em outros ambientes”, diz Keberle, um compositor de ampla inspiração cuja discografia abrange uma dúzia de álbuns explorando jazz de câmara, pós-bop, big band e vários amálgamas de jazz latino em uma variedade de estilos incomuns. combinações instrumentais.

“Descobri o quanto amo fazer esse papel de vocalista. Eu realmente me esforço para encontrar maneiras de ‘cantar’ essas melodias. É um bom momento porque sou um músico melhor do que era há uma década. Estou muito mais preparado para fazer esse tipo de declaração agora.”

Keberle oferece sua própria destilação da mistura de harmonias de jazz de Lobo e lirismo brasileiro com “Edu”, uma peça que ele escreveu pouco antes de voar para o sul, depois de meses reorquestrando a música de Lobo e habitando seu reino sonoro. Ele reimaginou “Gallop”, uma música lançada originalmente em seu álbum Catharsis de 2014, Into the Zone, com um ritmo de Candimbe uruguaio, com mais batida de samba, mantendo os contornos cantantes que parecem exigir uma letra.

Paulinho Vicente contribuiu com “Be”, uma balada paciente e melancólica que se desenrola com uma narrativa bem focada. E em uma resposta direta a Sergio Mendes Presents Lobo, que conclui com uma versão folk de “Hey Jude”, Keberle fecha Considerando com um arranjo de “Blackbird” de Lennon e McCartney centrado em um solo de Silveira que é um modelo de concisão melódica.

Como uma carta de amor a Edu Lobo, Considerando lança um holofote bem-vindo sobre um mestre brasileiro que deveria ser mais conhecido na América do Norte. Como o último despacho em uma correspondência em andamento, é um prenúncio de mais beleza por vir, acompanhando o processo de descoberta que atrai Keberle cada vez mais fundo. Na Collectiv do Brasil, a Keberle encontrou os companheiros ideais para esta aventura contínua.

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