Campanha “Reflexos” compartilha dificuldades e conquistas das trajetórias de pessoas refugiadas e atletas olímpicos brasileiros

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Campanha
ACNUR/Cavaliere Films O mais vitorioso atleta paralímpico do mundo, o nadador Daniel Dias, conversa com a refugiada artística plástica Ninibe Forero, colombiana, que vive no Rio de Janeiro com sua família

Campanha “Reflexos” compartilha dificuldades e conquistas das trajetórias de pessoas refugiadas e atletas olímpicos brasileiros

Campanha do ACNUR promove diálogos emocionantes entre empreendedores refugiados no Brasil e atletas olímpicos e um atleta paralímpico do país, relatando momentos marcantes em suas vidas pessoais e profissionais.

A Agência da ONU para Refugiados (ACNUR), com apoio da Rede Brasil do Pacto Global, lança hoje a campanha chamada “Reflexos”, colocando frente a frente, em uma conversa virtual, pessoas que, por diferentes razões, são vencedoras na vida: refugiadas e refugiados que empreendem no Brasil e atletas olímpicos e paralímpicos brasileiros. Não por acaso, suas trajetórias podem ser vistas como reflexos uma da outra pelas dificuldades que enfrentaram e pelas conquistas alcançadas por meio da determinação que lhes é comum.

Por meio da campanha, cinco atletas e cinco pessoas refugiadas passaram a se conhecer por meio de uma ligação virtual – em função do necessário distanciamento físico causado pela pandemia da COVID-19. Os cinco vídeos de diálogos serão lançados pelos canais do Youtube do ACNURPacto Global e do UOL Esporte.

Os seguintes diálogos foram promovidos pelo ACNUR:

Campanha "Reflexos" compartilha dificuldades e conquistas das trajetórias de pessoas refugiadas e atletas olímpicos brasileiros
ACNUR/Cavaliere Films
O mais vitorioso atleta paralímpico do mundo, o nadador Daniel Dias, conversa com a refugiada artística plástica Ninibe Forero, colombiana, que vive no Rio de Janeiro com sua família

Campanha “Reflexos” compartilha dificuldades e conquistas das trajetórias de pessoas refugiadas e atletas olímpicos brasileiros

  • Cristiane Rozeira (atleta do Santos FC e maior artilheira do futebol olímpico entre todas as modalidades) conversou com Tony Quintana (musicista venezuelano que vive em Manaus);
  • Daniel Dias (o mais vitorioso atleta paralímpico do mundo), conversou com Ninibe Forero (artista plástica colombiana que vive no Rio de Janeiro);
  • Darlan Romani, recordista sul-americano do arremesso do peso, conversou com Jacqueline Rodriguez, designer venezuelana que vive em Boa Vista.
  • Hugo Calderano (bicampeão mesatenista pan-americano) conversou com Lucia Loxca (arquiteta, musicista e chef síria que vive em Curitiba);
  • Wallace de Souza (campeão olímpico na Rio 2016 e recém campeão mundial de vôlei) conversou com Lavi Israel (artista plástico da República Democrática do Congo que vive em São Paulo)

A superação de obstáculos em suas trajetórias de vida foi marcante nos diálogos entre os participantes da campanha, evidenciada em diferentes ângulos. Mensagens de apoio mútuo e admiração foram outro elemento comum nos diálogos entre atletas e refugiados, causando surpresa e admiração entre os interlocutores.

A seleção dos atletas participantes se deu mediante critérios como notoriedade pública e engajamento com temas sociais. Por parte dos refugiados, foram selecionadas pessoas que empreendem diferentes tipos de negócios em diversas cidades brasileiras. A grande dificuldade na execução da campanha foi conciliar o calendário das gravações entre as folgas dos atletas e a disponibilidade dos empreendedores refugiados. Por outro lado, houve grande interesse de ambos grupos em participar do projeto, evidenciando a solidariedade com a causa dos refugiados.

Jose Egas, Representante do ACNUR no Brasil, destaca as características comuns entre pessoas refugiadas e atletas olímpicos, assim como o potencial de mobilização pública em torno da campanha.

“O diálogo emocionante que o ACNUR promoveu ao colocar face a face refugiados empreendedores e atletas olímpicos brasileiros ressalta que, havendo oportunidades, podemos transformar nossos sonhos em realidade. São pessoas que venceram variadas formas de dificuldade e, com determinação e empenho, seguem atingindo o que almejam em suas vidas. O resultado deste diálogo sincero e emocionante é contribuir para que todas as demais pessoas sejam solidárias aos refugiados que buscam reconstruir suas vidas com dignidade”, afirma Egas.

“Reflexos” será divulgada nos canais do Youtube ACNUR Brasil, Rede Brasil do Pacto Global e do UOL Esporte, assim como nos canais dos atletas e refugiados participantes, sendo veiculada até o dia 12 de julho. A campanha destaca a plataforma “Refugiados Empreendedores” como forma de se promover o apoio direto à inúmeros empreendimento de pessoas refugiadas no Brasil. Os atletas e refugiados participaram da campanha sem qualquer investimento por parte do ACNUR. A produção foi realizada pela Cavaliere Films.

Plataforma “Refugiados Empreendedores”

Lançada em fevereiro de 2021, a plataforma foi desenvolvida durante a pandemia da COVID-19 para dar mais visibilidade aos empreendimentos realizados por pessoas refugiadas no Brasil e, ao mesmo tempo, disponibilizar materiais para o aperfeiçoamento de negócios nas redes sociais.

Atualmente há 57 refugiados empreendedores de nove nacionalidades cadastrados, presentes em 10 cidades brasileiras e que atuam em seis segmentos de negócio: artesanato, cosmético e beleza, design e arte, gastronomia, idiomas e artes. Outros 25 empreendedores já solicitaram sua inscrição e nos próximos dias serão adicionados à plataforma.

A plataforma foi lançada pelo ACNUR em parceria com a Rede Brasil do Pacto Global e com apoio de Aliança Empreendedora, International Finance Corporation (IFC), Facebook, Instituto Rede Mulher Empreendedora e Governo dos EUA.

Atletas Refugiados Olímpicos

O ACNUR anunciou, em parceria com o Comitê Olímpico Internacional (COI), a Equipe Olímpica de Refugiados de Tóquio 2020. O total de 29 atletas refugiados competirão nos Jogos de Tóquio, competindo em 12 modalidades olímpicas. Para além de participar de um evento com melhores atletas do mundo, a Equipe Olímpica de Refugiados enviará uma mensagem de solidariedade e empatia para a acolhida e integração de todas as pessoas forçadas a deixar seus locais de origem por causa de guerras e conflitos: um contingente calculado pelo ACNUR em mais de 82 milhões de pessoas.

“Estas pessoas formam um grupo excepcional que inspira o mundo. O ACNUR está incrivelmente orgulhoso de apoiá-las enquanto competem na Olimpíada de Tóquio. Sobreviver à guerra, à perseguição e à ansiedade do exílio já as torna pessoas extraordinárias, mas o fato de agora também se destacarem como atletas no cenário mundial me enche de imenso orgulho”, afirmou o Alto Comissário da ONU para Refugiados, Filippo Grandi.

Para acessar os perfis de todos os atletas, clique aqui (em inglês).

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